Emergências ou Urgências?

Primeiro, é importante diferenciarmos os conceitos de emergências e urgências, conforme explicado abaixo.

Urgência

Uma situação em que devem ser tomadas providências corretivas assim que possível. Menor nível de imediatismo quando comparada a emergências.

Emergência

Não se pode aguardar para que sejam tomadas providências – elas devem ser tomadas imediatamente. Geralmente existe risco de morte.

Fatores emocionais

Diante de uma emergência, as pessoas apresentam reações emocionais variadas. Abaixo encontramos as mais comuns:

Ansiedade:

É compreensível ficarmos nervosos. Mas devemos sempre manter o controle para tomar as decisões corretas.

Disfunção Orgânica:

É a ocorrência de desmaios, tremores e etc, o que acaba gerando mais uma vítima para ser socorrida.

Hiperatividade:

Alguns indivíduos andam para todos os lados, falando muito, tentando ajudar a todos e acabam não contribuindo no socorro. Alguns podem até atrapalhar.

Pânico:

Algumas pessoas tendem a entrar em pânico durante emergências e não conseguem tomar qualquer atitude positiva para o socorro.

Depressão:

Algumas pessoas entram em depressão, choram se isolam das vítimas e também são incapazes de ajudar.

Os passos a seguir estão separados apenas para facilitar o aprendizado. Na verdade, devem ser avaliados e utilizados praticamente todos ao mesmo tempo, em questão de segundos. Por isso a importância de ter um Plano de Ação.

Plano de Ação

Um plano de ação é fundamental para um socorro bem sucedido. Ele é ser representado pelos passos abaixo:

Cheque o ambiente.

Procure na cena do acidente se novos perigos são iminentes.

Peça ajuda.

Peça ajuda especializada, ligando para o resgate (193).

Avalie as vítimas.

Avalie os acidentados e escolha o que mais precisa de ajuda.

Socorra.

Aplique seus conhecimentos de primeiros-socorros.

Aguarde.

Mantenha as vítimas estáveis e aguarde a ajuda chegar.

Uma das chaves de sucesso no socorro, é ter certeza de que sua “ajuda” não irá piorar o problema! Isso significa que não deve tomar atitudes que vão além de seus conhecimentos. Devemos ter em mente um plano de ação claro sobre como agir, pois isso o ajudará a manter-se calmo, evitará que você se torne mais uma vítima e o tornará mais efetivo no socorro!

Na hora do socorro, lembre-se:

Pessoas com algum treinamento tendem a sofrer apenas de ansiedade no momento do atendimento. Será natural que se tornem líderes nessa hora. Uma atitude positiva auxiliará positivamente todas as pessoas a sua volta e tornará o acidente menos traumático. Não raramente, algumas pessoas podem precisar de auxílio psico emocional passada a fase emergencial, seja por frustração de não ter conseguido manter a vida ou pela alegria do sucesso.

Postura no Atendimento

Toda vez que encontrar um acidente, você deve lembrar que a sua segurança vem primeiro! Antes de se aproximar, tenha certeza de que não existem riscos como fios energizados, produtos, gases e vapores químicos, tráfego de veículos, focos de incêndio, objetos a ponto de desabar, entre outros. Uma vez determinado que o local está seguro, aproxime-se da vítima e verifique seu nível de consciência. De forma simplificada, as categorias de consciência são as seguintes:

Consciente

A vítima responde bem e com precisão às suas perguntas básicas como nome, idade, data, endereço e etc.

Confusa

Quando não consegue responder as perguntas básicas. Algumas vezes pode apresentar-se agitada e/ou agressiva.

Inconsciente

Está desacordada, não responde ao ser chamada ou movimentada. Parece estar dormindo e assim permanece mesmo muitos minutos após o acidente. Mas não desperdice os preciosos minutos apenas observando se ela acorda – continue o socorro.

Lembre-se de sempre manter a calma e ser otimista com a vitima. Jamais expresse em palavras, expressões faciais ou comentários paralelos sobre a gravidade das lesões, pois isso em nada ajudará o atendimento e tornará a vítima mais assustada do que já está, podendo causar-lhe reações psicoemocionais como aumento da freqüência cardíaca, agravando a situação.

Atue dessa maneira, mesmo que acredite que a vitima esteja inconsciente, pois ela pode estar semi-acordada e ouvindo tudo ao redor recobrando a consciência em poucos minutos após o acidente.